Áreas
de Conservação de Moçambique
A Rede Nacional das Áreas de Conservação, dirigida
pela ANAC, tem sob a sua gestão 7 parques nacionais, nomeadamente Quirimbas,
Gorongosa, Mágoè, Bazaruto, Limpopo, Zinave e Banhine, e 12 reservas nacionais,
sendo Niassa, Gilé, Marromeu, Lago Niassa, Chimanimani, Pomene, Malhazine,
Ponta de Ouro e a Reserva Biológica de Inhaca, a Zona de Protecção Total de
Cabo de São Sebastião, e a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e
Segundas. Encontram-se, igualmente, no quadro de gestão da ANAC outras
categorias de áreas de conservação, como é caso de coutadas oficiais e fazendas
de bravio destinadas ao desenvolvimento do turismo cinegético como também as 3
Áreas de Conservação Comunitária de Mitchéu. Tchuma Tchato e Chipanje Chetu, e
as Reservas Florestais.
Esta diversidade biológica de que Moçambique dispõe
através da sua rede de áreas de conservação, confere-lhe uma diversidade
biológica muito rica, congregando ecossistemas distintos, tanto terrestres como
marinhos. Esta diversidade de ecossistemas, joga um papel importante no
fornecimento de serviços ambientais.
Em Moçambique, a gestão das áreas de conservação é
feita pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), entidade sob
tutela do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER).
Parque Nacional do Limpopo |
Não obstante os constrangimentos representados pela
pressão populacional e pela exigência de terras para os vários projectos
económicos, a percentagem do território nacional que é dedicado à conservação
tende a crescer, com a declaração de novos parques e reservas. Este facto
notável mostra a consciência que o país tem das suas responsabilidades na
preservação do património natural com que foi dotado.
Um dos grandes desafios com que Moçambique se
confronta no seu esforço para consolidar a sua rede de áreas de conservação –
que representa neste momento perto de 25% da área terrestre do território
nacional – é o da falta de financiamento. Os rendimentos próprios dos parques e
reservas, incluindo as receitas de concessões turísticas, são ainda modestos e
as alocações do orçamento do Estado são manifestamente insuficientes.
Calcula-se que, em 2014, a contribuição da comunidade internacional cobriu
cerca de 81% do custo de funcionamento do sistema nacional das áreas de
conservação, estimado em 18 milhões de USD.
“A conservação da biodiversidade não é apenas um
trabalho para o Governo. Organizações governamentais e não-governamentais, o
sector privado e todo e qualquer indivíduo tem um papel importante na mudança
de mentalidades e de comportamentos destrutivos.”